Natural de Itajaí - SC, nascido a 15 de março de 1885, filho do comerciante e industrial Manoel Antônio Fontes e Ana da Silva Fontes. Fez o curso primário em sua cidade natal, tendo sido, até as vésperas dos 18 anos, caixeiro e guarda-livros da casa comercial de seu pai. Em 1903, foi frequentar o Ginásio Nossa Senhora da Conceição, de São Leopoldo - RS, onde recebeu grau de bacharel em Ciências e Letras a 13 de dezembro de 1906, tendo sido o orador da turma. Em 1907, seguiu para o Rio de Janeiro, onde viveu como professor particular, matriculando-se em 1908 na Escola Politécnica, cujo curso interrompeu no fim do mesmo ano. Em 1910, passou a residir em Florianópolis, lecionando no então Ginásio Catarinense e na Escola Normal Catarinense. No Ginásio, de 1910 a 1917, ensinou português e história do Brasil e, em curso comercial ali instituído , escrituração mercantil. Na Escola Normal, de 1911 a 1918, foi professor de pedagogia e psicologia, passando depois a lente de história e geografia, obtidas as duas cadeiras por concurso. Em 1910, fundou o semanário “A Época”, de orientação católica, cujo primeiro número saiu a 16 de outubro, tendo sido diretor-proprietário até fins de abril de 1911. Em 1927 colou grau na Faculdade de Direito do Paraná como bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. O primeiro cargo que exerceu fora do magistério, foi o de encarregado do Serviço de Recenseamento Estadual em 1918. Desempenhou outros cargos e entre esses os mais destacados foram: Diretor da Instrução Pública de Santa Catarina, 1919-1926; Foi Secretário de Viação e Obras Públicas, no período de 1926 - 1929; Juiz Federal Substituto, 1929-1934; Juiz e Procurador do Tribunal Eleitoral, 1932-1934; Procurador Geral do Estado de Santa Catarina, 1934-1937; Desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina 1937-1946. Neste último cargo requereu aposentadoria, porém continuou cooperador idealista e pertinaz de causas nobres, especialmente no setor cultural e da educação superior. O seu nome é relacionado com os outros componentes do grupo de elite responsável pela implantação e funcionamento da Faculdade de Direito de Santa Catarina, Faculdade de Filosofia de Santa Catarina e também da Universidade de Santa Catarina. Presidiu a comissão encarregada da construção do monumento de Lauro Muller, na qual seu idealismo nutriu a realização da iniciativa, não viu a inauguração levada a efeito 3 anos e 3 meses depois que faleceu. Para os seus confrades e admiradores mais íntimos era assim como um timoneiro, embora sempre de cenho fechado e com algo de austero, não era totalmente severo porque quando respondia ao diálogo, demonstrava-se tocado de irradiação agradável, apenas era assim mesmo por causa do saber erudito. Possuía títulos de representante de muitas instituições culturais nacionais, além de ser o presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina; também da Academia Catarinense de letras ocupante da Cadeira n. 18; organizador com outros do Segundo Centenário da Colonização Açoriana em Santa Catarina. Faleceu no Imperial Hospital de Caridade, da Irmandade do Senhor dos Passos, em Florianópolis em 22.03.1966.