Empresário. Foi prefeito de Joinville, em 1957, e depois Secretário de Estado da Fazenda no período de 31.01.1961 à 12.02.1962. Pioneiro implanta visão de negócios, vontade de vencer e de obter o sucesso, trazidos pelos primeiros homens de Joinville, são ainda hoje, segredos de bons resultados. Visão para os negócios, disciplina para o trabalho e forte senso de organização, formam o tripé em que se fundamentou o êxito das iniciativas empresariais em Joinville, a partir de 1880. “Estas características foram fundamentais para arrancar do quase nada, resultados econômicos factíveis”, diz o historiador Apolinário Ternes, ao escrever sobre os pioneiros da indústria joinvilense. Lembra o escritor que o que os analistas de empresas dos anos atuais exemplificam como condições básicas para o sucesso empresarial - a vontade de vencer e querer decididamente o sucesso - os primeiros homens de negócios de Joinville já tinham em quantidades generosas. “E esta condição, aliada ao talento e à inteligência de muitos deles, explicam o êxito que tiveram, ainda que para isto tivessem que consumir muitos anos de sua vida”. Segue-se um resumido perfil dos pioneiros da industrialização de Joinville, conforme pesquisa realizada por Apolinário Ternes. A Companhia Wetzel Industrial foi uma das primeiras empresas de Santa Catarina, tomando-se por base o ano de 1856, quando Friedrich Louis Wetzel começa a fabricar velas e sabão, ainda na localidade de Annaburg, distante oito quilômetros do centro da colônia Dona Francisca. O primeiro Wetzel a chegar em Joinville, Friedrich Louis, desembarcou em solo catarinense em 1856, vindo da localidade de Homersdorf, na Alemanha, onde nasceu no dia 9 de março de 1834. Tinha, portanto, apenas 17 anos de idade, já com uma profissão definida, a de marceneiro. Morando em Annaburg e trabalhando no centro da colônia, Wetzel conseguia ampliar a sua renda com um trabalho extra ao de marceneiro. À noite, produzia vela e sabão na sua casa, e durante o longo percurso diário, a pé, que fazia entre Annaburg e Joinville, vendia os dois produtos com extrema facilidade aos colonos. Desta forma, surgiu a Cia. Wetzel Industrial. Friedrich teve muitos filhos, e três deles chegaram a dirigir o pequeno negócio, instalado em modestíssima casa de enxaimel. A terceira geração dos Wetzel a comandar a próspera empresa foi Geraldo Wetzel, o décimo sexto neto do fundador, nascido em Joinville em 1912. Geraldo Wetzel acompanhou a evolução da empresa e ajudou a transformá-la num dos principais complexos fabris do Estado e do país, num longo período de grandes negócios e permanente expansão. Com uma vasta e diversificada produção de velas comuns, velas de luxo, velas decorativas, para Natal, aniversários e cera para assoalho, o nome Wetzel chegou a dominar amplos segmentos do mercado nacional.